Conforme Cleiton Santos Santana, expert há 20 anos nos setores de energia, commodities e financeiro, a economia circular é um modelo que visa maximizar a utilização de recursos e minimizar desperdícios, fechando ciclos de produção e consumo. O Brasil deu um passo importante para promover esse conceito com a recente sanção da Lei do Combustível do Futuro, em outubro de 2023. Esta legislação tem o potencial de transformar diversos setores, alinhando o país com as melhores práticas globais de sustentabilidade.
Veja a seguir como a Lei do Combustível do Futuro pode ser um catalisador para o crescimento da economia circular no Brasil.
Como a promoção de biocombustíveis contribui para a economia circular?
A Lei do Combustível do Futuro tem como um de seus pilares o incentivo ao uso de biocombustíveis, como o biodiesel, com a meta de aumentar a mistura de biodiesel no óleo diesel comercializado até 2030. Como Cleiton Santos Santana explica, a produção e o uso de biocombustíveis estão diretamente ligados à economia circular, pois esses combustíveis são gerados a partir de matéria-prima renovável, como óleo de soja e resíduos agrícolas.
Além disso, a utilização de biocombustíveis ajuda a fechar o ciclo de carbono, já que as emissões de CO2 geradas durante a queima dos combustíveis são compensadas pelo sequestro de carbono realizado pelas plantas durante seu crescimento. A adoção em larga escala de biocombustíveis no Brasil não só irá reduzir a dependência de combustíveis fósseis, mas também estimulará a criação de uma cadeia de suprimentos mais sustentável e eficiente, alinhada aos princípios da economia circular.
O hidrogênio verde é uma chave para o futuro da economia circular?
Outro aspecto fundamental da Lei do Combustível do Futuro é a promoção do hidrogênio verde. Este combustível limpo tem um grande potencial para impulsionar a economia circular no Brasil, uma vez que sua produção e uso não geram emissões de carbono. O expert Cleiton Santos Santana informa que o hidrogênio verde pode ser utilizado em uma série de setores, incluindo o transporte pesado e a indústria de aço e cimento, contribuindo para a redução de resíduos e a promoção de processos industriais mais eficientes.
Além disso, o hidrogênio verde pode ser integrado a sistemas de armazenamento de energia, como baterias de longa duração, criando novas oportunidades para otimizar o consumo de energia e reduzir o desperdício. O Brasil, com sua matriz energética predominantemente renovável, tem uma vantagem estratégica para se tornar líder mundial na produção de hidrogênio verde.
Como a captura de carbono pode ser uma oportunidade para a economia circular no Brasil?
Outro aspecto relevante da Lei do Combustível do Futuro é o incentivo à captura e armazenamento de carbono (CAC), uma tecnologia essencial para a mitigação das mudanças climáticas. A captura de CO2 permite que o carbono gerado por processos industriais e de combustão seja armazenado em locais subterrâneos ou reaproveitado para outras finalidades, como a produção de combustíveis sintéticos. Conforme Cleiton Santos Santana expõe, esse processo se alinha perfeitamente aos princípios da economia circular.
No Brasil, o incentivo a projetos de captura de carbono, abre novas oportunidades para a economia circular, permitindo que empresas de diversos setores integrem práticas sustentáveis. Além disso, as tecnologias de captura e armazenamento de carbono podem criar novos mercados e modelos de negócios, gerando empregos e estimulando investimentos em inovação. A captura de carbono fortalece a resiliência da economia brasileira, tornando-a mais alinhada aos princípios de sustentabilidade e circularidade.
Por fim, segundo o fundador cotista do Grupo BSO – Brazil Special Opportunities, Cleiton Santos Santana, a Lei do Combustível do Futuro é uma grande oportunidade para o Brasil avançar na construção de uma economia mais circular e sustentável. Ao promover o uso de biocombustíveis e hidrogênio verde, além de incentivar a captura de carbono, a legislação oferece soluções inovadoras para reduzir desperdícios, aumentar a eficiência no uso de recursos e promover a reutilização de materiais e energia.