Segundo o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, a reindustrialização verde se apresenta como uma das principais estratégias para impulsionar o crescimento econômico no Brasil e no mundo. Trata-se de um novo modelo de desenvolvimento industrial que alia geração de riqueza, inovação tecnológica e sustentabilidade ambiental, com foco em reduzir emissões, promover o uso eficiente de recursos e criar empregos qualificados na chamada economia de baixo carbono.
Em um cenário de mudanças climáticas, transição energética e transformação digital, a indústria brasileira precisa se reposicionar para enfrentar os desafios do século XXI. A adoção de práticas produtivas limpas, a incorporação de tecnologias renováveis e o fortalecimento das cadeias locais são elementos centrais desse novo paradigma, que já se consolida como tendência global.
O que é reindustrialização verde e por que ela é necessária
A reindustrialização verde consiste na modernização do parque industrial com base em critérios de sustentabilidade ambiental, eficiência energética e inovação tecnológica. Não se trata apenas de voltar a produzir em maior escala, mas de produzir de forma inteligente, limpa e alinhada às metas climáticas nacionais e internacionais.

De acordo com Fernando Trabach Filho, essa abordagem é essencial para tornar a indústria brasileira mais competitiva, menos dependente de insumos fósseis e mais preparada para atender às exigências de mercados globais, como o europeu, que cada vez mais impõem barreiras ambientais a produtos com alta pegada de carbono.
Além disso, a reindustrialização verde contribui para a diversificação da economia, o fortalecimento de cadeias regionais de valor e a geração de empregos de maior qualidade, com impacto direto na redução das desigualdades socioeconômicas.
Setores estratégicos para a reindustrialização verde no Brasil
O Brasil possui um amplo leque de setores com potencial para liderar essa nova fase de industrialização sustentável. Entre eles, destacam-se:
- Indústria de energias renováveis: com destaque para a produção de painéis solares, turbinas eólicas, sistemas de armazenamento e equipamentos para geração distribuída.
- Tecnologia de hidrogênio verde: que pode tornar o país referência global em exportação de energia limpa.
- Biotecnologia e bioeconomia: com aproveitamento da biodiversidade brasileira em cosméticos, fármacos e produtos químicos sustentáveis.
- Economia circular: voltada para reciclagem, reaproveitamento de resíduos e redução do desperdício.
- Mobilidade elétrica e transporte limpo: com a produção de veículos elétricos, baterias e sistemas de infraestrutura urbana inteligente.
Assim como frisa Fernando Trabach Filho, investir nesses setores significa aproveitar vantagens naturais e estruturais do país, como abundância de recursos renováveis, base industrial instalada e capacidade científica em áreas-chave da sustentabilidade.
Benefícios econômicos e sociais da nova industrialização
A reindustrialização verde não se limita a ganhos ambientais — ela é também um motor potente de crescimento econômico. A modernização da indústria estimula a produtividade, reduz custos operacionais, atrai investimentos estrangeiros e promove inserção mais qualificada nas cadeias globais.
Além disso, como aponta Fernando Trabach Filho, o novo modelo industrial tem potencial para gerar milhões de empregos verdes e de alta qualificação técnica, especialmente nas áreas de engenharia, energia, automação, TI, logística e gestão ambiental. Isso exige, por sua vez, investimentos em educação, capacitação e infraestrutura tecnológica para formar uma força de trabalho apta a lidar com os desafios da economia do futuro.
Desafios da reindustrialização sustentável
Apesar das oportunidades, a reindustrialização verde enfrenta obstáculos importantes no Brasil. Entre os principais estão:
- Defasagem tecnológica em setores industriais tradicionais;
- Custo elevado de financiamento para inovação e sustentabilidade;
- Burocracia e instabilidade regulatória que desestimulam investimentos de longo prazo;
- Falta de integração entre políticas industriais, ambientais e de educação.
Assim como destaca Fernando Trabach Filho, enfrentar esses desafios exige uma articulação robusta entre governo, setor privado, academia e sociedade civil. É preciso estabelecer uma política industrial moderna, com incentivos claros à descarbonização, inovação e regionalização das cadeias produtivas.
Caminhos para acelerar a reindustrialização verde
O Brasil tem condições de liderar essa transformação, mas precisa adotar estratégias coordenadas. Entre as principais ações, destacam-se:
- Estabelecimento de metas de descarbonização industrial por setor;
- Criação de programas de fomento à indústria limpa com linhas de crédito específicas;
- Estímulo à inovação por meio de parcerias público-privadas com universidades e institutos de pesquisa;
- Apoio à capacitação técnica de trabalhadores e à transição justa em regiões industriais tradicionais;
- Valorização da produção nacional em compras públicas e acordos comerciais sustentáveis.
Fernando Trabach Filho demonstra que, com políticas públicas bem estruturadas e compromisso empresarial, é possível transformar a reindustrialização verde em uma alavanca real para o crescimento econômico inclusivo e resiliente do Brasil.
Autor: Gerald Johnson